Aga Khan, um museu que inspira paz e tranquilidade
Na semana passada, aproveitei que minha mãe estava aqui para levá-la no Aga Khan Museum, um museu de arte persa, islâmica e cultura muçulmana com um design super moderno e fotogênico. Ele foi inaugurado em 2014 e eu ainda não tinha visitado. Fomos só nós duas e aproveitamos bastante.
Só para explicar Aga Khan é o nome dado a um líder espiritual e existe uma fundação cultural com o mesmo nome, que administra o museu. Parte do acervo deles vem da coleção pessoal de vários líderes.
Um fato bem interessante é que o complexo não foi feito apenas por um arquiteto e sim por 3, de países e culturas diferentes. O prédio foi idealizado por um japonês chamado Fumihiko Maki, o parque pelo libanês Vladimir Djurovic e o Ismaili Centre pelo indiano Charles Correa. Mas tudo se harmoniza de uma forma que parece ter sido pensado por apenas uma pessoa. O mundo bem que podia ser harmonioso assim também.
Começamos a nossa visita no parque Aga Khan que é público e fica ao redor do museu. É um local que foi criando para inspirar tranquilidade nos seus visitantes.
Do outro lado do parque, bem em frente ao museu, está o Ismaili Centre, que pode ser visitado se você agendar o tour com antecedência. Ficou para próxima.
Só depois de explorarmos a parte de fora, entramos no Aga Khan.
O design super moderno valoriza muito a luz e incorpora vários elementos da cultura islâmica, como a praça no centro do prédio.
Fiquei muito impressionada com os detalhes, como essa tapeçaria pendurada logo na entrada. Eu achei bonita e tirei uma foto. A primeira impressão é que isso é um tapete mas quando um dos funcionários me viu tirando foto, perguntou o que eu achava e explicou o significado dele.
O tapete foi feito por uma artista paquistanesa e representa o paraíso.
Se você olhar de frente nunca vai reparar que ele não foi tecido. As imagens foram feitas com 1,2 milhões de agulhas de ouro e prata, enfiadas uma a uma, à mão. “A sua jornada começa do outro lado”, segundo a artista.
O Aga Khan é divido em duas galerias, uma permanente, no primeiro andar, e uma temporária, no segundo. Só é permitido tirar fotos do acervo permanente.
Também no primeiro andar, está o acervo pessoal do príncipe Sadruddin Aga Khan, doado com a condição de que tudo fosse exposto da mesma forma que era em sua casa.
Na saída não deixe de passar na lojinha, que tem coisas lindas feitas por artitas de vários países.
Há dois locais para comer, um pequeno café e um restaurante chamado Diwan.
Nos fins de semana acontecem apresentações no auditório. Como ós fomos durante a semana, não havia shows nem artistas se apresentando e o auditório estava fechado. Não pudemos entrar para olhar e tirar fotos.
Eu gostei do museu e indico para quem curte arquitetura e obras de arte. Fiquei muito encantada com as pinturas e os pequenos detalhes.
Entretanto, não recomendo para quem vai com crianças pequenas. Infelizmente tem coisas que as crianças simplesmente não tem paciência para apreciar. Eles até distribuem um kit explorer para as famílias free e tem um centro educativo (que só funciona nas tardes de domingo) mas para as minhas filhas, por exemplo, não rola.
Vale ressaltar que eles oferecem um pacote de ingresso familiar mas não explicam direito no site que tipo de atividades diferentes estão inclusas. Outra coisa é que nos horários de maior movimento, como quartas à tarde, eles podem não permitir a entrada de carrinhos de bebês.
Em relação a outros museus da cidade como o ROM ou a AGO, achei o valor do ingresso caro para o tamanho do acervo do Aga Khan. Os preços são: $20 (adultos), $10 (6-13 anos) e $12 (14-17 anos). Os outros dois tem um acervo bem maior e custam praticamente o mesmo valor. O Aga Khan oferece entrada gratuita todas as quartas das 16h às 20h.
Informações Úteis
Website: https://www.agakhanmuseum.org
Endereço: 77 Wynford Drive, Toronto
Estacionamento: $10